A “seita do jejum” descoberta no Quênia, no fim do mês de abril, acaba de ganhar um novo capítulo ainda mais perturbador. A seita foi desarticulada a partir da prisão do pastor Ezekiel Odero, que liderava os fieis.
A princípio, a polícia investigava apenas a seita e Odero encarava um processo pela morte de mais de 100 pessoas, todas vítimas do jejum pregado na “Igreja” de Odero. No entanto, agora o suposto pastor pode responder também pelo tráfico de órgãos humanos.
Isso porque as autoridades do país confirmaram que os primeiros laudos da autópsia confirmaram que alguns dos corpos tinham órgãos faltando, o que levanta a tese de tráfico de órgãos.
“Laudos de autópsia revelaram que faltavam órgãos em alguns corpos das vítimas que foram exumados até agora“, diz um documento oficial. O mesmo documento cita “tráfico de órgãos humanos bem coordenado que envolve vários atores“.
Os corpos foram encontrados na área da floresta de Shakahola, causando espanto e revolta da população. Embora a maioria das vítimas tenham falecido em decorrência da falta de alimentação, algumas foram mortas por estrangulamento, afogamentos ou golpes.
A promotoria do país anunciou que Odero vai responder por terrorismo. O homem segue preso e mobiliza o país, que cobra por Justiça em nome das vítimas. Muitos dos corpos pertenciam a crianças, confirmaram as autoridades.
O caso causou espanto não apenas no país, mas também em outros lugares do mundo. No Brasil, a história também tem repercutido bastante e gerado espanto.