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‘Nosso pontinho de esperança em meio ao caos’: Dona de casa resgatada em meio a enchente dá à luz no RS e nascimento comove

Uma nova vida que traz esperança.

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O aumento da insegurança e das calamidades naturais no Rio Grande do Sul tem sido motivo de preocupação constante, especialmente com o crescimento dos episódios de enchentes devastadoras que vêm assolando a região.

Recentemente, a situação tomou proporções dramáticas, com mais de 109 mortos e 130 desaparecidos, afetando a vida de 1,4 milhão de pessoas. No meio desse cenário caótico, uma história de esperança surgiu. Gislaine de Oliveira Carlos, uma dona de casa de 25 anos, e seu marido, Pierry Silva, de 23 anos, enfrentaram uma experiência angustiante.

Na última sexta-feira,foram alertados de que deveriam deixar sua casa, então submersa devido ao alagamento do bairro Harmonia, em Canoas. Prestes a completar 40 semanas de gestação, Gislaine foi resgatada de barco e levada a um abrigo temporário.

Gislaine e sua família passaram a noite em uma academia de ginástica antes de serem levados ao abrigo na Associação dos Auditores-Fiscais da Receita Estadual (Afisvec), onde foram recebidos junto com outras 150 vítimas da inundação.

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Em meio a essa situação desesperadora, a jovem deu à luz a Tyson, quase 72 horas após o resgate. O parto, inicialmente induzido, acabou sendo realizado por cesariana devido às complicações.

A família, incluindo o primogênito Kalel, de 4 anos, foi atendida por médicos voluntários antes de Gislaine ser encaminhada ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Tyson nasceu saudável, pesando 2.830 kg e medindo 48 cm.

Apesar de terem perdido a casa, que permanece submersa, e enfrentarem a previsão de um mês para poderem retornar, o nascimento de Tyson trouxe uma nova perspectiva de esperança.

Eduardo Jaeger, presidente da Afisvec, relatou o esforço necessário para resgatar a família, que estava isolada sem água, comida ou condições básicas de higiene.

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Ele destacou a importância da colaboração com a prefeitura para abrir o ginásio como abrigo e a dedicação de mais de 60 voluntários que têm trabalhado incansavelmente.

“Estamos enfrentando jornadas longas. Ficamos quase dois dias sem água para uso nos banheiros, o que foi muito difícil. A chegada de Tyson trouxe um alento em meio a tanta dor e nos dá ânimo para acreditar que a vida voltará ao normal,” comentou Jaeger.

Em meio às tragédias causadas pelas enchentes, histórias como a de Gislaine e Tyson destacam a resiliência e a solidariedade que emergem nos momentos mais difíceis, trazendo uma centelha de esperança e humanidade para as comunidades afetadas.

Sobre o Autor

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.