Após extensa investigação, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento emitiu comunicado descartando oficialmente que as mortes investigadas em Salvador tenham sido provocadas por encefalopatia espongiforme bovina , a doença da “vaca louca”.
Até o momento, duas pessoas haviam morrido e outras 3 foram internadas. Os sintomas apresentados pelos pacientes havia levantado a suspeita da doença, o que causou alerta e deu início as investigações.
O Ministério, por outro lado, confirmou que o diagnóstico mais provável é o de doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) esporádica, ou seja, sem relação com o consumo de carne bovina. A doença é neurodegenerativa e leva a morte.
Ainda no comunicado, o Ministério reforçou que o consumo de carne bovina é seguro e não traz riscos para a saúde. Os casos foram registrados em Salvador, na Bahia, e ainda existem três pessoas internadas – dois óbitos foram confirmados.
A doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) se apresenta com sintomas de confusão mental e desorientação, que evoluem rapidamente e atingem também o funcionamento motor. Na maioria dos casos, a doença é terminal.
A ciência ainda não tem clareza sobre o que causa a forma esporádica da doença, mas observa-se que não é transmissível entre pacientes. A forma esporádica costuma infectar pessoas entre 55 e 70 anos de idade, e tem ocorrência um pouco maior entre mulheres.
Não existe vacina ou tratamento específico contra a doença, que não é tão comum, atingindo em média 2 pessoas a cada 1 milhão.