Ali Musthofa, o guia que acompanhava a turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, na trilha de um vulcão, na Indonésia, se pronunciou pela primeira vez e negou que a teria abandonado antes da queda.
Em uma entrevista para o jornal ‘O Globo’, ele disse que apenas se adiantou por alguns minutos, e que ao perceber a demora da jovem, retornou e a localizou cerca de 150 metros abaixo, em um barranco, acenando com o uso de uma lanterna.
“Eu não a deixei, mas esperei três minutos na frente dela. Depois de uns 15 ou 30 minutos, a Juliana não apareceu. Procurei por ela no último local de descanso, mas não a encontrei… percebi [que ela havia caído] quando vi a luz de uma lanterna”, declarou o guia.
O guia também afirma que acionou imediatamente o resgate técnico. Agora, a operação, que está em seu terceiro dia está passando por enormes dificuldades.
De acordo com o Parque Nacional do Monte Rinjani, uma visualização por drone nesta segunda-feira, dia 23 de junho, localizou a jovem imóvel em um penhasco rochoso, localizado a aproximadamente 500 metros de profundidade.
As equipes tentaram instalar cordas, mas o terreno íngreme e com saliências impediu a ancoragem. Além disso, as condições climáticas, com neblina densa e ventos fortes, também forçaram as equipes a recuar.
Autoridades locais já avaliam o uso de um helicóptero com sistema de içamento, mas a manobra irá depender de uma melhora no tempo. Enquanto isso, o relógio continua correndo contra a janela de 72 horas ideais para resgate.
A família de Juliana expressa grande angústia com a demora. A irmã, Mariana, destacou que ela está “sem água, comida e agasalhos por 3 dias” e cobrou urgência.
A embaixada do Brasil em Jacarta e alpinistas experientes acompanham a situação no local. A comunicação inicial com a família só foi possível após outros turistas localizarem Juliana com um drone e divulgarem as imagens no sábado.