O que deveria ser um momento de fé e comunhão acabou se transformando em um episódio de violência e revolta na cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo.
Durante uma missa realizada neste último domingo (22), na tradicional Catedral Nossa Senhora do Desterro, uma médica de 41 anos foi presa em flagrante após utilizar spray de pimenta contra uma criança de dois anos e seus pais.
A motivação, segundo o boletim de ocorrência, teria sido a irritação da suspeita com o barulho feito pela menina durante a celebração religiosa, indignada a mulher promoveu o ataque.
De acordo com o relato do pai da criança, sua esposa caminhava com a filha pelo corredor lateral da igreja quando foram abordadas pela médica, que repreendeu a menina por seu comportamento.
Após o primeiro embate, a criança retornou até a mulher para se desculpar, mas novamente foi repreendida. Pouco antes do encerramento da missa, a médica se dirigiu até onde a família estava sentada e disparou o spray, atingindo diretamente a criança e seus pais.
As consequências foram imediatas: a menina sofreu queimaduras nos lábios, apresentou tosse intensa, vômitos e irritação nos olhos, sendo levada com urgência a um hospital particular.
Os pais também foram afetados pelo agente químico, chegando a cair no chão devido à inalação. O ataque causou um tumulto generalizado entre os fiéis, que tentaram conter a mulher, mas ela ainda conseguiu usar o spray mais vezes antes de tentar fugir do local.
A tentativa de deixar a igreja foi frustrada por frequentadores que bloquearam seu carro e a impediram de sair. A Diocese de Jundiaí condenou veementemente o ato, classificando-o como uma violação aos princípios de paz e respeito que regem os espaços religiosos.
Em nota oficial, a entidade reafirmou seu repúdio à violência e expressou solidariedade às vítimas. O padre que celebrava a missa, Sílvio Andrei, também se manifestou, explicando que as câmeras da igreja estavam desligadas por conta de manutenção, o que dificultou o registro da agressão.
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A mulher foi detida pela Guarda Civil Municipal e o caso foi registrado como lesão corporal. Um inquérito será instaurado para apurar os detalhes e uma audiência de custódia deve ser realizada.
O caso reacende debates sobre convivência, intolerância e o papel de espaços públicos e religiosos como locais de acolhimento e respeito mútuo. O caso assustou a comunidade local.