Neste último sábado, dia 21 de junho, ocorreu uma queda de balão que tirou a vida de oito pessoas na região de Praia Grande, em Santa Catarina. Um dos sobreviventes deu mais detalhes sobre o momento crítico.
O gerente de desenvolvimento de software, Marcel Cunha Batista, que estava no voo com a esposa dele, a professora Thayse Elaine Broedbeck, contou que não havia um extintor de incêndio a bordo.
Além disso, ele revelou que os passageiros tinham apenas cinco segundos para decidir se pulavam da cesta em chamas após terem recebido a ordem do piloto.
Marcel contou que conseguiu perceber o fogo no piso do cesto logo após a decolagem e que, após uma descida de emergência, o piloto conseguiu agir rapidamente.
“Quando estávamos nos aproximando do chão, o piloto gritou para todo mundo pular. Ele mesmo já estava na borda e parece ter sido um dos primeiros a sair. As pessoas que reagiram a tempo conseguiram se salvar”, contou.
O gerente também relatou que o pânico impediu a fuga de todos, pois algumas pessoas não tiveram reação e não conseguiram entender o que estava acontecendo. “Algumas pessoas ficaram paralisadas”, relatou.
A versão dada pelo sobrevivente corrobora a linha de investigação principal das autoridades, com a suspeita de que o fogo começou em um maçarico auxiliar.
O piloto conseguiu fazer o balão tocar o solo, permitindo que 13 dos 21 ocupantes escapassem. Porém, com o peso reduzido, a aeronave subiu novamente de forma descontrolada, levando oito vítimas fatais, destas 4 pularam e 4 morreram carbonizadas.
A empresa responsável pelo voo, a Sobrevoar, suspendeu suas atividades e informou que o piloto tinha mais de dez anos de experiência e que as normas de segurança eram seguidas.
O casal de sobreviventes finalizou a reportagem com a declaração de que é impossível esquecer o que aconteceu, mas que estão tentando seguir em frente.