Quando alguém que acompanhamos nos campos, vibramos com seus gols e vimos crescer profissionalmente parte tão repentinamente, o sentimento coletivo é de luto, como se uma parte da nossa própria história tivesse sido arrancada.
Esse é o impacto devastador da partida de Diogo Jota, que com apenas 28 anos encerra precocemente uma trajetória admirada dentro e fora de campo. Na manhã desta quinta, dia 3 de julho, a Espanha amanheceu com a confirmação de uma notícia que ninguém gostaria de ler.
Diogo Jota, atacante do Liverpool e da Seleção Portuguesa, morreu em um acidente automobilístico ao lado do irmão, André Silva, também jogador, que atuava pelo Penafiel. O veículo em que estavam saiu da estrada na região de Sanabria, noroeste da Espanha, e incendiou após o estouro de um pneu durante uma ultrapassagem.
Ambos faleceram no local. Diogo Jota não era apenas um atleta de destaque; era símbolo de superação, humildade e dedicação. Tendo iniciado a carreira no Paços de Ferreira, passou por clubes como Porto e Wolverhampton até alcançar o estrelato com a camisa do Liverpool.
Lá, colecionou títulos e conquistou corações com seu estilo aguerrido e carismático. Recentemente, foi peça importante na conquista da Liga das Nações pela seleção portuguesa, em uma final eletrizante contra a Espanha.
A comoção ultrapassa fronteiras. Mensagens de pesar foram emitidas por clubes, jogadores, federações e autoridades, incluindo o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer. A Federação Portuguesa de Futebol solicitou um minuto de silêncio antes da próxima partida da seleção feminina como forma de homenagem.
Diogo deixa esposa, três filhos e um legado que vai muito além dos gols. Sua recente celebração de casamento, apenas 11 dias antes da tragédia, adiciona um componente ainda mais comovente a essa despedida. A morte repentina de dois irmãos talentosos, unidos pela paixão pelo futebol, é um lembrete cruel de como a vida pode mudar em um instante.
