O ex-jogador Neto e a emissora Band foram inicialmente condenados a pagar R$ 500 mil ao treinador Jorge Sampaoli, ex-técnico de times como Santos e Flamengo no futebol brasileiro.
A condenação decorreu de uma acusação de racismo em 2019, que não foi corroborada pelo ícone do Corinthians.A decisão foi proferida pela 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo e foi publicada pela primeira vez pelo F5.
A Band e Neto ainda têm a possibilidade de recorrer da decisão em instâncias judiciais superiores. No cerne do caso, Sampaoli alega que Neto e a Band prejudicaram sua reputação.
Durante o programa “Os Donos da Bola” em 18 de abril, Neto afirmou que o ex-jogador Serginho Chulapa, em entrevista, mencionou que o preparador de goleiros do Santos, Sebastião Martins Oliveira Júnior, conhecido como Arzul, havia sido maltratado pelo treinador.
Neto teria insinuado que Sampaoli estava envolvido em um episódio de racismo ao sugerir que o preparador de goleiros Arzul havia sido discriminado pelo técnico.
“Um cara que trata mal o Arzul, que é negro. E que é igual a mim, que é igual a você e que é um ser humano incrível. Esse cara, o Jorge Sampaoli, fazia o Arzul ficar fora do vestiário. Ele fez muitas pessoas contratadas antes dele perderem o emprego. Esse cara é nojento. Nunca tratou bem ninguém”, disse o ex-jogador se referindo ao técnico.
Entretanto, quando foi dar seu depoimento para a Justiça, Arzul ressaltou que Sampaoli não teria cometido o crime de racismo contra ele ou contra qualquer outro funcionário do Santos.
Serginho Chulapa, que supostamente teria discutido o assunto com Neto, não compareceu para prestar depoimento. Em sua justificativa, Neto alegou que Sampaoli praticava racismo de forma indireta, sem proferir ofensas diretas a quem foi afetado.
O juiz Cassio Pereira Brisola, responsável pela análise do caso, afirmou que Neto e a Band cometeram um equívoco ao divulgar a informação e ultrapassaram os limites da liberdade de expressão.