Uma situação alarmante se desenvolve em Maceió, Alagoas, onde uma mina está cedendo a uma taxa de 62 centímetros por dia, ameaçando causar um desabamento que poderia abrir uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã.
A Defesa Civil da cidade está monitorando atentamente a movimentação após um alerta de colapso em uma das cavernas da Braskem, utilizada para a extração de sal-gema.
A situação crítica afeta diretamente cerca de 55 mil pessoas em cinco bairros da cidade. O bairro do Mutange, mais próximo da mina, já foi completamente evacuado, e evacuações parciais também ocorreram nos bairros vizinhos de Bom Parto, Bebedouro e Pinheiro.
A gravidade do problema levou muitos moradores a saírem voluntariamente de suas casas, e até um hospital local transferiu todos os seus pacientes.
A Defesa Civil alerta que a área ao redor das minas deve ser evitada, incluindo o tráfego de embarcações na Lagoa Mundaú, parte da qual está sobre as minas. Em caso de desabamento, a água da lagoa, juntamente com terra e detritos, seria sugada para dentro da cratera. Isso resultaria na salinização da água da lagoa e impactaria de forma dramática toda a área de mangue na região.
A Braskem, responsável pela mineração, informou que está monitorando a situação da mina 18 e tomando todas as medidas cabíveis para minimizar o impacto de possíveis ocorrências, mantendo colaboração com as autoridades competentes.
Este cenário em Maceió destaca a importância de se monitorar e fazer uma correta gestão de riscos em áreas de mineração, especialmente em regiões densamente povoadas.