Três influenciadoras digitais do Distrito Federal foram detidas hoje pela manhã em uma operação coordenada pelo Ministério da Justiça, desmantelando um esquema sofisticado de promoção e venda de vaporizadores eletrônicos com essência de maconha.
Rhaynara Didoff, Elisa de Araújo Marden e Letícia Susane Correia Castro foram apreendidas pela Polícia Civil (PCDF), que conduz a Operação Nárke, investigando uma rede criminosa envolvendo tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crimes contra a saúde pública.
A investigação revelou que o grupo contrabandeava óleo de maconha dos Estados Unidos, utilizando potes de cera de depilação para camuflar o transporte. Esse óleo era então envasado em refis de cigarros eletrônicos e comercializado online, com alegações de propriedades terapêuticas.
O esquema contava com uma ampla rede, incluindo a manipulação do óleo de maconha, construção de plataformas de comércio eletrônico e uso de contas bancárias em nome de terceiros.
Além disso, profissionais de tecnologia da informação sediados no Rio de Janeiro colaboravam com a organização, automatizando pagamentos e utilizando documentos falsos para burlar a segurança bancária.
Para expandir as vendas, o grupo contratava influenciadoras digitais de diferentes partes do país, contribuindo para o alcance de um público maior. As influenciadoras detidas negaram as acusações, afirmando que as prisões foram desnecessárias.
A defesa de Elisa Marden e Rhaynara Didoff ainda não teve acesso ao inquérito, enquanto a de Letícia Castro planeja rebater as acusações na sede da delegacia. Os líderes do esquema estavam baseados no interior de São Paulo, de acordo com a PCDF.
Esta operação destaca a crescente sofisticação dos crimes cibernéticos e a necessidade de vigilância constante nas atividades online, mesmo nas aparentemente inofensivas redes sociais e plataformas de influenciadores digitais.