A morte trágica de Lorrayne Murielle, uma jovem body piercer de 29 anos, em Goiânia, tem gerado comoção e questionamentos sobre o atendimento médico prestado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Lorrayne faleceu no dia 11 de abril, vítima de uma trombose intracardíaca e pulmonar bilateral, após passar mal em casa. Segundo o relato de Alic da Silva França, namorado de Lorrayne, ela desmaiou em sua residência e apresentava dificuldades respiratórias quando ele chegou para socorrê-la.
Mesmo após ligar para o Samu, Alic afirma que o médico não enviou uma ambulância, orientando-o a dar algo doce para Lorrayne comer, sugerindo que o problema seria uma baixa quantidade de açúcar no sangue.
Desesperado, Alic optou por levar Lorrayne ao Cais Amendoeiras por conta própria, mas infelizmente, ela não resistiu e veio a falecer durante o trajeto. Este trágico desfecho ocorreu apenas dois dias após outro episódio em que Lorrayne desmaiou em seu local de trabalho.
Na ocasião, o Samu foi acionado, mas não detectou anormalidades e não levou a jovem ao hospital. “Resolvi abrir o B.O porque foram negligentes e isso custou a vida dela”, disse o namorado da jovem, explicando a situação.
Diante dessa sequência de eventos e da tragédia que se seguiu, Alic registrou um boletim de ocorrência contra o Samu, acusando a instituição de omissão de socorro. Em resposta, o Samu afirmou que suas ações seguem as diretrizes nacionais, priorizando casos de maior urgência.
A Polícia Civil está investigando o caso, e as ligações entre Alic e o Samu serão analisadas para esclarecer as circunstâncias que levaram à morte de Lorrayne. Alic acredita que a negligência do Samu custou a vida de sua namorada e pode ter afetado outras pessoas.
