As investigações sobre o assassinato de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, avançam com novos desdobramentos, incluindo a descoberta de um possível cativeiro onde a jovem pode ter sido mantida antes de ser morta.
O local foi encontrado pela polícia de Cajamar, na Grande São Paulo, e está sendo periciado para buscar evidências que possam esclarecer os últimos momentos da vítima.
O corpo da adolescente foi localizado na última quarta-feira (6), apresentando sinais de tortura, o que reforça a brutalidade do crime. Até o momento, sete pessoas estão sob investigação, e a principal linha de apuração sugere que a morte de Vitória tenha sido motivada por vingança.
Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (7), a polícia revelou indícios que apontam para a possível participação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no crime.
Um dos fatores que levantam essa suspeita é o fato de a jovem ter sido encontrada decapitada, com o cabelo raspado, um sinal característico de represálias dentro da facção criminosa.
Além disso, um celular associado ao grupo foi localizado na região onde Vitória desapareceu, o que fortalece a hipótese de envolvimento do crime organizado.
O delegado responsável pelo caso, Aldo Galiano Júnior, afirmou que as investigações têm quase certeza de que a motivação do crime está relacionada a uma vingança conhecida como “talaricagem”.
Este termo “talaticagem” é usado para descrever quando alguém se envolve com o parceiro ou parceira de um amigo, o que pode ser punido de forma violenta dentro de grupos criminosos.
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Entre os investigados estão dois homens que teriam seguido Vitória dentro de um ônibus, dois suspeitos que passaram de carro e a assediaram enquanto ela caminhava para casa, além de Gustavo Vinícius, ex-namorado da vítima, que chegou a ter a prisão preventiva solicitada, mas a Justiça negou o pedido.
Também estão na lista de suspeitos um homem que mantinha um relacionamento casual com Vitória e um vizinho, apontado como proprietário do veículo usado para assediá-la, que desapareceu logo após o crime.
Enquanto a polícia segue com as apurações, familiares e amigos prestaram as últimas homenagens à adolescente durante o velório e o sepultamento, realizados nesta quinta-feira (7).
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O caso gerou grande repercussão e mobilizou a comunidade, que clama por justiça diante da brutalidade do crime. A polícia segue reunindo provas e tentando localizar todos os envolvidos para que a jovem não seja apenas mais uma vítima esquecida da violência.