Casos de abusos em escolas frequentemente geram grande repercussão nas redes sociais, e o mais recente incidente em Santa Catarina não foi diferente.
A comunidade foi abalada após pais denunciarem que duas meninas, de 6 e 7 anos, tiveram suas bocas lacradas com fita adesiva por uma professora auxiliar, como punição por “falarem demais” durante a aula.
O ocorrido aconteceu em uma escola estadual em Biguaçu, na Grande Florianópolis, e gerou revolta tanto entre os pais das crianças quanto na sociedade em geral. O pai de uma das meninas, Mario Junior, expôs o caso nas redes sociais, revelando que as crianças permaneceram a aula inteira com a fita na boca.
Segundo ele, a professora se sentiu no direito de impor essa punição por considerar que as meninas estavam conversando demais. A mãe da outra criança envolvida, Liliane Cristina Pedro, registrou um boletim de ocorrência, caracterizando o ato como uma agressão.
A Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina informou que a profissional será afastada enquanto as investigações prosseguem. A Polícia Civil já requisitou informações preliminares à escola e o Ministério Público também está acompanhando o caso.
Além disso, o Núcleo de Política de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (Nepre) se comprometeu a oferecer suporte às estudantes envolvidas.
Este incidente, que expôs a fragilidade do ambiente escolar em relação à proteção e bem-estar das crianças, reforça a importância de um debate contínuo sobre práticas abusivas em instituições de ensino e a necessidade de ações rápidas e efetivas para coibir tais comportamentos.