Quem navegava pelas redes sociais nos últimos dias deve ter se deparado com um vídeo curioso. Nas imagens, uma mulher aparecia “customizando” uma tornozeleira eletrônica.
O vídeo, aparentemente até inofensivo, acabou sendo motivo para que a mulher voltasse ao regime fechado. A história foi divulgada nesta quarta-feira (02/08) e chama a atenção.
A responsável pelo vídeo se chama Camila Fogaça, que havia ganhado progressão de pena. No vídeo, ela aparece colocando pedrinhas na tornozeleira, que fica toda customizada ao fim do vídeo.
A gravação chegou a atingir mais de 70 mil visualizações, o que chamou a atenção da Justiça. Com isso, foi aberto um processo para que Camila tivesse a revogação da progressão de pena.
Em outras palavras, foi feito o pedido para que a mulher voltasse ao presídio. No processo, a promotoria ressaltou uma das regras as quais todo preso é submetido quando deixa o regime fechado com uso de tornozeleira.
As regras determinam que o indivíduo deve “abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça“.
Apesar da regra, o caso tem gerado polêmica porque, apesar de ter customizado a tornozeleira, Camila não prejudicou seu funcionamento e nem tentou remove-la. Nesse argumento também se apoia a defesa da mulher.
Laila Estefania Mendes, advogada de Camila, alega que a mulher não agiu de má fé e que o dinheiro do engajamento nas redes sociais é usado na criação dos filhos.
Ainda segundo a advogada, os “adesivos são totalmente removíveis e em momento algum eles foram capazes de alterar o funcionamento do aparelho.(…) um adesivo simples, não utiliza nenhum material que poderia danificar o aparelho, como não danificou“.