Muitas mulheres são adeptas do parto natural, mas devem levar em conta que os profissionais sabem bem o que fazem, é preciso ouvir os conselhos para garantir a saúde do bebê e também da mãe.
Uma mulher, do Havaí, decidiu optar por um parto natural, até então tudo bem, mas ao passar da 41ª semana de gestação, ela ouviu de sua médica que precisaria induzir o parto, já que o bebê não dava sinais de que nasceria, conselho que ela não quis seguir.
Se trata de Stephanie, 30 anos, mãe de 4 filhos, a espera de seu 5º bebê, ao desejar um parto sem intervenções, Stephanie não quis induzir o parto após a 41ª semana de gestação, ela ignorou os conselhos de sua médica, e seguiu as recomendações de um grupo de mães da rede social Facebook, que deram à luz depois da 40ª semana gestacional.
Stephanie foi levando a gravidez adiante, chegou a 43ª semana, deixando sua médica muito preocupada, ela sabia que a placenta poderia perder a eficiência, e mais uma vez alertou a mãe para induzir este parto. A mãe mais uma vez ignorou este conselho, acreditando que os riscos da espera pelo parto seriam menor do que os riscos da indução.
Stephanie, já tinha experiência com partos tardios, as suas gestações anteriores também foram assim, seus primeiros filhos nasceram com mais de 41 semanas, e seus dois últimos filhos passaram de 42 semanas
“Eu li muito sobre isso. Pesquisei mulheres que tinham passado 42 semanas. Eu pesquisei também sobre a redução de líquido. Mas em todo momento tive a sensação de que tudo estava bem”, disse Stephanie.
A gestação de Stephanie chegou a 45 semanas, foi nesta fase da gestação que ela planejava ir ao hospital e sua bolsa se rompeu. Ela relata que sentiu dores de contrações insuportáveis, chegou a temer que tanto ela quanto o bebê morressem.
Após as dores, a mulher teve uma ‘explosão de mecônio marrom escuro e líquido viscoso’, imediatamente ela e seu esposo foram para o hospital, onde os médicos constataram que o bebê não tinha mais vida.
A experiência relatada por outras mães, também amigas de Stephanie, que induziram o parto, foram de momentos difíceis e partos cesárias, não desejando sentir estas dores causadas pelas contrações motivadas pelo medicamento, ela resolveu aguardar o nascimento espontâneo da criança.
Após está triste experiência e a perda de seu bebê, a mulher postou neste grupo o que havia acontecido, dizia se sentir culpada, e questionava se teria acontecido esta fatalidade caso seguisse os conselhos do hospital.
Assim como um parto prematuro, o parto tardio traz grandes riscos para o bebê, os médicos asseguram que a criança deve nascer entre 37 e 42 semanas, mas ainda que preferencialmente o parto aconteça entre 39 a 40 semanas e seis dias.
Um estudo baseado em 23,5 mil mulheres grávidas, comprova que partos que ultrapassam a 42ª semana, trazem mais problemas aos bebês.
Os riscos de infecções e problemas respiratórios foram duas vezes maiores em bebês nascidos após a 42ª semana em relação aos que nasceram antes da 41ª semana. Com a gravidez avançada a placenta pode perder o fluxo de oxigênio e de nutrientes o que prejudica a criança e a coloca em risco. Outro fator preocupante é a existência de mecônio (excremento do bebê) espesso, que pode ser aspirado pela criança.