É triste pensar que a pessoa que mais deveria nos acolher, venha a nos rejeitar. Imagina então quando uma criança passa por essa situação e sente na pele, entende que a própria mãe não a quer mais, é revoltante para nós, e de uma tristeza sem fim para esta criança.
Amar os filhos incondicionalmente, é o que se espera, mas infelizmente não é a realidade de muitas crianças.
Este caso aconteceu na cidade de Maringá, no Paraná, uma jovem de 18 anos, levou sua filha para a escola, e simplesmente disse que não voltaria mais para buscá-la.
Isso ocorreu no dia 05 de novembro de 2018, a mãe deixou a filha, uma criança de 5 anos, no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), e avisou a diretora da creche que não iria voltar para buscar a menina. Segundo a diretora, a jovem ainda sugeriu, que ela viesse a ligar para a avó da criança, para que fosse buscá-la e a acolhesse em sua casa.\n\nPor sua vez, a avó escreveu um bilhete e enviou aos responsáveis pela escola, avisando que ela não teria condições de ficar com a menina, devido a isso, ela alegou morar de favor na casa de conhecidos. Uma mulher, que mora próximo a ela, acolheu a menina e chamou o Conselho Tutelar.
Em uma entrevista cedida ao portal Uol, Carlos Bonfim, que tem acompanhado o caso, apontou que em todo tempo a mãe da garota não mostrou arrependimento, se mostrando fria diante das circunstâncias. “Ela disse que não queria mais a filha na frente da menina. Ela nos tratou com rispidez e aparentava certo descontrole emocional”.
Carlos relatou ainda, que a mulher vive com o marido e outro filho de 1 ano e 2 meses, na casa dos sogros, e alegou que eles não queriam a menina morando lá. Com mais um filho e grávida novamente, a jovem decidiu abandonar a filha mais velha, para não ter que sair de casa.
A garota foi acolhida pelos tios e receberá tratamento psicológico. A tia, que é irmã da mulher que abandonou a criança, comentou sobre o assunto e relatou a tristeza da menina diante de tal situação. “Apesar de ser criança, ela sente a rejeição e comentou com a tia que, talvez, se tivesse pele e olhos claros, como os filhos do companheiro da mãe, pudesse ter sido aceita pela família”.
No mesmo ano, a mulher chegou a procurar o Conselho Tutelar, alegando não ter condições de sustentar a filha.