Ao longo dos últimos dias, a rede Carrefour esteve envolvida em dois novos casos polêmicos. A empresa, que é frequentemente acusada de racismo no país, foi novamente alvo de denúncias.
Um dos casos aconteceu em uma unidade da rede Atacadão, que pertence ao Grupo Carrefour desde 2007. No caso, uma professora retirou as roupas e ficou apenas com as roupas íntimas após ser seguida por um segurança.
O outro caso aconteceu em uma unidade do Carrefour, em um bairro nobre de São Paulo. A vítima foi o marido de da jogadora de volei Fabiana, que já defendeu inclusive a seleção brasileira.
Pelas redes sociais, acompanhado de seu advogado e da esposa, o músico afirmou ter tido atendimento negado apenas por ser negro. A empresa reconheceu o episódio, mas não reconheceu o fator racial, afirmando que a operadora de caixa agiu de maneira “inexplicada” e que foi desligada da empresa.\n\nEm coletiva para falar sobre o balanço de 100 dias de governo, o presidente Lula não deixou o episódio passar em branco. O chefe do executivo cobrou a empresa nominalmente e declarou que racismo não será tolerado no país.
“O Carrefour cometeu mais um crime de racismo. Mais um crime. Um fiscal do Carrefour acompanhou uma moça negra, que ia fazer compra, achando que ela ia roubar, ela teve que ficar só de calcinha e sutiã para provar que ela não ia roubar“, declarou.
O governo Lula criou um ministério específico para tratar de questões raciais, reconhecendo a urgência para que esse tema voltasse a ser pautado pelo executivo.
