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Lula diz que culpa de fraude no INSS é de Bolsonaro e se pronuncia sobre o caso

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Mais detalhes sobre as falas de Lula contra Bolsonaro.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atribuiu as raízes do esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — que desviou cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas, à gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Em coletiva de imprensa em Moscou, após visita oficial à Rússia, Lula destacou que as investigações, buscaram evitar “espetáculos midiáticos” para focar no desmantelamento completo da quadrilha, cujas operações teriam começado em 2019.

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O petista afirmou que a abordagem de seu governo priorizou a eficácia em detrimento de medidas superficiais. “É importante saber que uma quadrilha que foi criada em 2019. E vocês sabem quem governava o Brasil em 2019″.”, explicou.

Lula ressaltou que o esquema, estruturado durante o governo anterior, operava por meio de descontos não autorizados em benefícios previdenciários, caracterizando um “assalto ao bolso dos aposentados”, e não aos cofres públicos.

A fraude explorou os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs), instrumento legal desde 1991 que permite a cobrança de mensalidades associativas diretamente dos benefícios.

Investigações revelaram que entidades usaram esses acordos para debitar valores sem consentimento dos titulares. A CGU identificou irregularidades em mais de 3 mil contratos.

Com a descoberta, se iniciou à Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de maio, que resultou na exoneração do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e no afastamento de quatro dirigentes da autarquia.

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O Ministério da Fazenda anunciou a devolução de R$ 292 milhões entre maio e junho, utilizando recursos bloqueados de associações envolvidas. No entanto, Lula esclareceu que o ressarcimento total dependerá da análise individual de cada caso.

Paralelamente, a crise acelerou a saída de Carlos Lupi (PDT) do Ministério da Previdência, substituído por gestores alinhados ao plano de reestruturação da pasta.

Embora os ACTs sejam legais, a falta de fiscalização permitiu que entidades manipulasem o sistema. Relatórios da CGU apontam que investigações administrativas já ocorriam desde o início de 2024, mas a dimensão do esquema só veio à tona com a operação da PF.

Enquanto o governo tenta reparar os danos, a oposição questiona a narrativa de Lula, argumentando que a fraude transcende mandatos.

No momento a sociedade, aguarda justiça para as vítimas e garantias de que o sistema previdenciário não será novamente instrumentalizado contra os mais vulneráveis.

Sobre o Autor

Juliana Gomes

Colunista de notícias dedicada a escrever sobre os mais diversos assuntos. Sempre fui apaixonada pela arte da escrita e pela literatura.