Na noite deste último domingo (30), após a vitória do candidato a presidência Luiz Inácio Lula da Silva, caminhoneiros em todo o país passaram a bloquear rodovias em protesto contra o resultado das urnas e passaram a pedir intervenção militar no Brasil.
Segundo as primeiras apurações caminhoneiros que se dizem apoiadores do atual presidente Jair Messias Bolsonaro, bloqueiam cerca de 63 pontos em rodovias de 11 estados do país e do Distrito Federal.
Nas redes sociais circulam diversos vídeos que mostram diversas rodovias bloqueadas. Confira:
Começa a circular nas redes sociais vídeos de caminhoneiros protestando contra a vitória de Lula. #Eleicões2022 pic.twitter.com/gBprRilJZo
— Metrópoles (@Metropoles) October 31, 2022
Bloqueio da rodovia BR470 em Blumenau, Santa Catarina, no trevo de acesso à Pomerode. pic.twitter.com/tHAw32enAG
— Julio Castellain (@JulioCastellain) October 31, 2022
Santa Catarina tem 18 pontos de bloqueio em rodovias federais, dos quais 13 são em ambos os sentidos. 9 são na BR-101, como em Palhoça (vídeo), 4 na BR-470, 2 na BR-116, 2 na BR-280, BR-153 e BR-282. pic.twitter.com/csj65qhIiS
— Correio de Santa Catarina (@CorreiodeSC) October 31, 2022
Nesta segunda-feira (31), o líder dos caminhoneiros Wallace Landim, que é conhecido popularmente como Chorão, concedeu uma entrevista para o portal ‘Carta Capital’, ele condenou o ato dos colegas de produção.
Veja a seguir o que ele falou sobre o caso.
Wallace Landim afirmou que não está engajado neste movimento e afirmou que não iria contra ao resultado das urnas: “Eu jamais vou organizar um ato contra a democracia”.
Segundo o líder dos caminhoneiros este ato é de uma pequena parte dos caminhoneiros que são de extrema-direita e apoiam Jair Messias Bolsonaro.
Ainda de acordo com “Chorão” o pessoal de extrema direita já vinha ameaçando com bloqueios e afirmou que o movimento é mais forte nos estados onde Bolsonaro teve votação massiva, como por exemplo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, e Mato Grosso.
O líder dos caminhoneiros ainda fez questão de ressaltar que o movimento tem características de um locaute.
“Os caminhões que aparecem nas imagens, na maioria, são novos, o que aumenta a suspeita [de participação das transportadoras]”, outro ponto é que em Santa Catarina, onde está maior o movimento, o ponto de organização é na maioria das vezes em frente à Havan”, afirmou Chorão.