O câncer denominado como leucemia interfere com a produção de células sanguíneas, afetando os tecidos responsáveis por essa tarefa.
Isso acarreta uma diminuição na fabricação de glóbulos vermelhos, cuja função é transportar oxigênio pelo corpo, assim como de plaquetas e glóbulos brancos, as células defensoras do organismo.
Ao progredir, a doença resulta em uma proliferação descontrolada de células doentes, que gradativamente substituem as células sanguíneas sadias.
Existem dois tipos da doença, como explica Eduardo Flávio Ribeiro, hematologista que trabalha em uma unidade de saúde em Brasília.
A variação crônica geralmente pode ser controlada mediante terapias prolongadas. Por outro lado, a variação aguda, se não tratada, pode ser fatal, necessitando de tratamentos mais intensivos. Veja a seguir alguns dos sintomas e mais informações.
Entre os sinais de alerta para detectar possíveis casos de leucemia, há aqueles que são destacados por ele:
- Cansaço;
- Manchas roxas ou vermelhas pelo corpo;
- Fraqueza;
- Palidez;
- Anemia, causada pela falta de células saudáveis na corrente sanguínea;
- Enfraquecimento do sistema imunológico;
- Pequenas hemorragias;
- Sangramento pelo nariz;
- Infecções nas vias aéreas;
- Inchaço na gengiva;
- Raramente, aparição de sangue nas fezes e urina.
Embora o hemograma seja um exame frequente nos check-ups anuais, geralmente ele não é capaz de detectar a presença de leucemia. Conforme esclarece Ribeiro, isso se deve à semelhança entre as células clonais e as células sanguíneas normais, que pode gerar confusão.
De acordo com o hematologista, o clone original que dá início à doença pode passar despercebido em exames de rotina e hemogramas convencionais. Somente após meses é que a enfermidade se manifesta completamente.
Uma vez identificado o tipo e o subtipo da leucemia, bem como as necessidades específicas do paciente, o tratamento deve ser escolhido de forma personalizada. Em casos mais graves, é frequente a indicação de quimioterapia, radioterapia e transplante de células-tronco.