Na manhã de desta segunda, dia 6 de maio, uma realidade brutal se desdobrava em Canoas, Rio Grande do Sul. Voluntários envolvidos nas operações de resgate compartilharam detalhes do cenário devastador deixado pelas enchentes que castigaram a região.
O município, conhecido por sua pacata rotina, foi transformado em um palco de desolação e morte devido às águas que invadiram grande parte da cidade causando a maior tragédia já vista no estado do Rio Grande do Sul.
Um dos voluntários relatou a angustiante situação ao tentar salvar um casal de idosos preso em sua residência, agora quase submersa. “Estávamos em um barco, e ao chegarmos, a senhora nos informou que seu companheiro estava dormindo. Mas, ao verificar, descobrimos que ele já havia falecido”, compartilhou o socorrista.
A tragédia pessoal se intensificava à medida que a idosa, presa ao desespero, se recusava a deixar o local sem seu parceiro de uma vida inteira. Foi necessário intervir com firmeza para garantir sua segurança, enquanto o corpo do idoso foi segurado às estruturas do telhado, uma medida extrema para impedir que as águas o arrastassem.
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A situação em Canoas é apenas um reflexo dos inúmeros dramas humanos que se desenrolam em meio a desastres naturais, onde a água, fonte de vida, torna-se um veículo de perda e luto. As operações de resgate continuam, e cada voluntário carrega consigo as histórias de vida e morte que as águas deixaram para trás.