Durante a madrugada desta sexta-feira, dia 14 de abril de 2023, um incêndio tomou conta de um abrigo onde crianças e adolescentes eram acolhidos e protegidos por profissionais que buscavam oferecer um pouco mais de amor e esperança aos pequenos em situação de risco e vulnerabilidade.
Vizinhos, desesperados ao notar a fumaça, acionaram a polícia, que logo chegou ao local e acionou o SAMU e a Corporação do Corpo de Bombeiros.
O diretor do Lar Paulo de Tarso, Geszler Carlos Wester, se pronunciou na manhã daquele mesmo dia e disse acreditar que um curto circuito possa ter sido o causador do incêndio que, infelizmente, resultou na morte de 4 pessoas: três crianças e uma cuidadora de 62 anos.
Além disso, 15 pessoas, a maioria crianças, estão internadas em hospitais da região da Zona Sul do Recife, por conta da grande quantidade de fumaça tóxica inalada.
Visivelmente abalado, o diretor contou que as crianças ficam no abrigo enquanto a justiça decide se elas voltam para o convívio com os pais ou se serão entregues a outros parentes. Veja a seguir o que ele falou.\n\nEle afirma que todas as noites, duas cuidadoras dormem com os internos, e declara que as crianças entre 2 e 11 anos, são tratadas como filhos:
“São como filhos. É uma dor profunda, rasgando o coração.”
Carlos se emociona ao relatar a conversa que teve com uma das crianças no abrigo e ao relembrar isso ele entende que, apesar de toda essa tragédia vivida hoje, a fé é inabalável e a vida é bela, e assim as crianças continuaram sendo intensamente amadas no abrigo:
“Eu falei ‘minha filha, quando você chegou aqui, não queria tirar foto e não sorria. O que foi que mudou na sua vida?’. Ela disse ‘tio Gel, é que eu aprendi aqui no lar que a vida é bela'”
O diretor diz que as causas do incêndio estão sendo investigadas pela justiça e reconhece que sua opinião sobre o curto circuito seria apenas especulação. No entanto, não há dúvidas de que a tragédia desta sexta-feira abalou profundamente a todos os envolvidos.
