Casos de violência doméstica que culminam em tragédias seguem sendo uma realidade alarmante no Brasil. Apesar de alertas e pedidos de ajuda, muitas vítimas acabam não encontrando proteção a tempo, resultando em desfechos devastadores para famílias inteiras.
Foi o que aconteceu com Brenda Bulhões, uma empresária do litoral de São Paulo, que dias antes de ser assassinada, confidenciou à mãe temer por sua própria vida. “Acho que não vou viver muito”, desabafou.
Brenda foi morta a tiros em frente ao próprio salão de beleza em Guarujá, após meses de ameaças e agressões por parte do ex-companheiro, identificado como o principal suspeito do crime pela polícia.
O histórico de violência do suspeito era conhecido, mas Brenda, movida por compaixão, inicialmente ignorou os sinais. Segundo a mãe da vítima, o homem tinha um comportamento controlador e ciumento, chegando a agredi-la na presença da filha de apenas 9 anos.
Mesmo após o término do relacionamento em setembro, ele continuou a persegui-la, especialmente quando soube que ela havia iniciado um novo namoro. O crime foi cometido de forma cruel: Brenda foi atingida por pelo menos seis tiros, a maioria nas costas, enquanto chegava ao trabalho.
Testemunhas relataram que o atirador fugiu imediatamente após o ato. A empresária deixa uma filha pequena, que agora será cuidada pelos avós maternos. A mãe de Brenda busca justiça e alerta sobre a periculosidade do ex-companheiro. “Ele é um perigo solto. Precisamos encontrá-lo antes que outra tragédia aconteça”, declarou.
Esse caso serve como um doloroso lembrete da importância de medidas mais efetivas contra a violência doméstica e do apoio integral às vítimas para que possam romper com ciclos de abuso antes que seja tarde demais.