O caso chocante envolvendo a morte do adolescente Luiz Fellipe Darulis, de apenas 12 anos, em Monte Mor (SP), continua a gerar indignação e revolta. Luiz Fellipe faleceu após ser submetido a uma sessão de castigos físicos pelo padrasto, Cirilo Abe Barreto, que admitiu ter agredido o menino com uma madeira.
A Polícia Civil investiga a hipótese de que o crime tenha sido motivado por homofobia, uma vez que Luiz Fellipe brincava com bonecas. “As informações foram fornecidas pelo próprio padrasto, que afirmou que a criança foi obrigada, como corretivo de uma atitude de desrespeito”, informaram as autoridades.
O adolescente foi levado ao Hospital Beneficente Sagrado Coração de Jesus após as agressões, mas chegou ao local já sem vida. O padrasto foi preso em flagrante e teve a prisão mantida após audiência de custódia.
Luiz Fellipe foi descrito por familiares e amigos como uma pessoa respeitosa e amável, que gostava de brincar com bonecas e tinha o hábito de viver a vida à sua maneira. “Ele tinha seu melhor amigo e, às vezes, a gente como professor escutava a frase que o padrasto não gostava dele”. lamenta o professor do garoto.
Havia preocupações anteriores com as punições aplicadas pelo padrasto, e a escola onde o adolescente estudava formalizou uma solicitação de apoio por suspeita de maus-tratos no ano anterior.
A Polícia Civil aguarda o resultado dos exames necroscópicos para determinar a causa da morte e a extensão das lesões causadas pelas agressões. Testemunhas próximas à família serão ouvidas para entender melhor a relação entre o padrasto e o adolescente.
O trágico episódio desperta não apenas a necessidade de justiça para Luiz Fellipe, mas também a urgência de medidas para prevenir casos de violência doméstica e garantir a proteção de crianças e adolescentes em situações vulneráveis.
A comunidade local clama por respostas e ações que evitem que tragédias como essa se repitam. Muitos estão lamentando a perda de um adolescente que era conhecido por ser carinhoso com todos.