Em tempos de redes sociais e acesso indiscriminado por crianças e adolescentes, a função dos pais e responsáveis cresce ainda mais. Monitorar o uso de aplicativos se faz necessário, uma vez que nem sempre as plataformas são usadas para aquilo que foram projetadas.
O Discord é um exemplo disso, uma vez que a empresa agora lida com um problema que não para de crescer. A plataforma nasceu da ideia de criar comunidades para fãs de jogos, como um espaço para a troca de ideias e experiências.
No entanto, devido a toda a privacidade e versatilidade que o aplicativo oferece, a plataforma acabou sendo eleita por uma série de grupos criminosos para a prática de crimes. Nos últimos dias, um caso no Rio de Janeiro voltou a chamar a atenção e causar espanto.
O crime aconteceu na madrugada da última quarta-feira, quando um adolescente de 17 anos arremessou coquetéis molotov em um homem em situação de rua, enquanto a vítima dormia. O crime foi filmado e transmitido ao vivo em uma comunidade do Discord.
O adolescente foi apreendido após uma denúncia de familiares, que o reconheceram após a circulação do vídeo. O crime aconteceu a cerca de 500 metros de onde ele mora, no Penchinca, Rio de Janeiro. A vítima teve 60% do corpo queimado e foi socorrida.
A polícia também identificou um segundo envolvido, que é quem segura o celular e faz as filmagens. O homem tem 20 anos, é soldado do Exército brasileiro e foi identificado como Miguel Felipe dos Santos Guimarães da Silva. Ele também foi preso.
Segundo a polícia, a plataforma vem sendo usada por células nazistas, que incitam crimes de ódio e compartilham registros, enquanto se “vangloriam” dos atos. Nos telefones tanto de Miguel, quanto do adolescente, a polícia também encontrou vídeos de pornografia infantil.