Após Maicol dos Santos, apontado como principal suspeito pelo assassinato da adolescente Vitória Regina de Sousa, ter assinado a confissão do crime nesta terça-feira (18), a defesa do acusado demonstrou surpresa com a nova reviravolta no caso.
O advogado Flávio Ubirajara, em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, da Record, afirmou ter tomado conhecimento da confissão apenas por meio da mídia e destacou que, até a noite anterior, seu cliente negava qualquer envolvimento com o crime.
Segundo o advogado, a equipe de defesa esteve com Maicol na delegacia por volta das 20h da segunda-feira (17) e, naquele momento, ele mantinha sua versão de que não tinha relação com o homicídio.
Agora, Ubirajara se dirige à delegacia para apurar mais detalhes sobre as circunstâncias da confissão e avaliar os próximos passos a serem tomados no processo. O defensor ressaltou que, até o momento, as informações que chegaram a ele são fragmentadas e possivelmente distorcidas.
“Até a data de ontem [segunda-feira], por volta das 20h, nós estivemos com o Maicol na delegacia e ele negava qualquer informação sobre essa questão”, relata o advogado
Vitória Regina, de 17 anos, desapareceu na noite de 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho. Sete dias depois, seu corpo foi localizado em uma área de mata no município de Cajamar, na Grande São Paulo.
A brutalidade do crime chocou a população, pois a jovem foi encontrada degolada e com o cabelo raspado, características que levaram a polícia a considerar uma possível motivação ritualística ou de obsessão por parte do autor.
As investigações revelaram que Maicol já monitorava a vítima há meses, utilizando redes sociais e outros meios para acompanhá-la. Além disso, perícias em seu telefone celular indicaram buscas suspeitas, que reforçam a tese de premeditação do crime.
A polícia segue analisando se houve a participação de outras pessoas ou se o suspeito agiu sozinho em todas as etapas do assassinato. O caso continua sob investigação da Polícia Civil, que busca esclarecer os detalhes da confissão e reunir provas que confirmem a autoria do crime.
Enquanto isso, a defesa do acusado aguarda acesso oficial ao conteúdo do depoimento para traçar sua estratégia jurídica. A comunidade local e familiares da vítima seguem mobilizados, exigindo justiça e punição para o responsável pelo assassinato. Os detalhes da confisão não foram revelados pela polícia.