Chuvas intensas têm o poder de transformar paisagens, rotinas e, principalmente, expor o quanto estamos vulneráveis diante da força da natureza. Quando os volumes de água ultrapassam os limites esperados, os riscos são iminentes.
Alagamentos, deslizamentos de terra, quedas de árvores e estruturas danificadas colocam em xeque a segurança de comunidades inteiras. Em Santa Catarina, um novo episódio reforça essa realidade, deixando moradores em alerta e autoridades mobilizadas.
Entre o sábado, dia 28 de junho e a manhã de domingo, dia 29 de junho, um temporal volumoso atingiu diversas regiões de Santa Catarina, especialmente a Serra, o Oeste e o Meio-Oeste.
Em São Joaquim, um caso emblemático chamou a atenção: um carro foi arrastado pela correnteza ao tentar atravessar uma área com forte acúmulo de água. Os ocupantes precisaram subir no teto do veículo para se protegerem enquanto aguardavam socorro.
Populares utilizaram cordas para realizar o resgate, que, felizmente, terminou sem feridos. Outras cidades também enfrentaram problemas sérios. Em Lages, moradores do bairro Passo Fundo tiveram que deixar suas casas por conta do risco de deslizamentos.
Como medida preventiva, as Cataratas do Salto Saudades, em Quilombo, foram interditadas, já que o nível do rio permanece em elevação. A orientação dos órgãos oficiais é clara: evite áreas de risco, acompanhe os alertas e comunique qualquer sinal de perigo imediatamente.
No bairro da Penha, parte do muro de um cemitério cedeu. Já em Faxinal dos Guedes, ventos fortes provocaram danos em residências e um aviário. Os dados da Defesa Civil revelam a gravidade do cenário: Celso Ramos registrou 120,4 mm de chuva em apenas 24 horas.
Em seguida vieram Itá, Caibi e Piratuba, todos com índices pluviométricos acima de 90 mm. A previsão ainda indica a formação de um ciclone extratropical, com ventos fortes especialmente na Grande Florianópolis e no Litoral Sul.