O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, admitiu que o uso de uma ambulância para levá-lo ao hospital após ser atingido por uma cadeira durante um evento foi uma estratégia para “fazer uma cena”.
O episódio, que envolveu o jornalista e também candidato José Luiz Datena (PSDB), ocorreu no último domingo, 15 de setembro, gerando repercussão nas redes sociais.
A revelação de que a ação foi premeditada levanta questionamentos sobre o uso de estratégias midiáticas em campanhas eleitorais e como isso pode influenciar a percepção pública.
Segundo o site Uol, Marçal, em um vídeo gravado durante um jantar com seus apoiadores, afirmou que poderia ter “ido correndo” ao hospital e que teria condições de “segurar a cadeira” ou até mesmo de “agredir” Datena. As declarações sugerem que o incidente, amplamente divulgado, foi utilizado como uma oportunidade para atrair atenção para sua campanha.
As imagens do candidato sendo transportado em uma ambulância, com uma máscara de oxigênio e sirenes ligadas, foram compartilhadas em seu perfil no Instagram, aumentando ainda mais a visibilidade do caso.
No Hospital Sírio-Libanês, os exames indicaram que Marçal sofreu um traumatismo na região do tórax e no punho direito, mas sem complicações graves. Apesar disso, a decisão de intensificar o evento com a utilização da ambulância e a dramatização da situação gerou críticas e comentários sobre a ética por trás de ações desse tipo durante o período eleitoral.
A situação reflete um cenário comum em campanhas políticas, onde os candidatos muitas vezes recorrem a estratégias de impacto para se destacarem na mídia e conquistarem eleitores. No entanto, esse tipo de manobra pode levar à desconfiança do público, que espera transparência e seriedade dos líderes que se colocam à frente das eleições.