O desaparecimento e a morte de Juliana Marins aos 26 anos comoveram o Brasil e acenderam um alerta sobre os riscos silenciosos escondidos em trilhas turísticas pelo mundo. O caso, ocorrido na Indonésia, não é apenas uma triste perda, mas um lembrete amargo de como a imprudência e a negligência podem transformar uma experiência.
Juliana caiu de um abismo de centenas de metros durante uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok. O que era para ser uma jornada emocionante se transformou em angústia após ela ser deixada sozinha em uma área íngreme.
Segundo relato do pai, Manoel Marins, ao programa Fantástico, a jovem estava cansada e parou para descansar quando o guia que a acompanhava se afastou para fumar. Ao retornar, ela já havia desaparecido. Seu corpo só foi encontrado quatro dias depois, por voluntários que se mobilizaram após a resposta lenta das autoridades locais.
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Ainda segundo Manoel, o resgate foi desorganizado e sem equipamentos adequados. O guia tentou descer até a jovem com uma corda amarrada na cintura, sem qualquer tipo de ancoragem profissional, o que evidencia o despreparo da equipe e da empresa responsável pelo passeio.
O pai aponta não apenas o guia como responsável, mas também a operadora do passeio e o coordenador do parque, que, segundo ele, demorou a acionar a Defesa Civil. A autópsia revelou que Juliana sofreu trauma contundente com hemorragia interna. O impacto da queda foi fatal.
Este triste episódio evidencia o quanto atividades ao ar livre precisam ser conduzidas com extrema responsabilidade. Trilhas em ambientes montanhosos e vulcânicos não são simples caminhadas: exigem preparo, equipamentos e acompanhamento profissional constante.
Afinal, a natureza não perdoa a distração e Juliana pagou esse preço com a própria vida. O caso de Juliana é um importante lembrete sobre os riscos de trilhas em locais arriscados mas também sobre a necessidade de encontrar profissionais qualifacados.
