Um episódio de violência envolvendo uma mãe e um grupo de mulheres causou grande repercussão neste sábado (31) na cidade de Fortaleza, capital do estado de Ceará. A cena se desenrolou no Hospital Infantil Filantrópico Sopai,e teve como cenário uma das alas de internação da unidade.
Por volta das 14h, a mãe de uma criança com diagnóstico de autismo foi alvo de agressões físicas por parte de outras mulheres, que a acusavam de ter batido no próprio filho.
A criança, que está internada para um tratamento clínico não relacionado ao transtorno do espectro autista, permanecia sob os cuidados da mãe até o momento do ocorrido.
Segundo o hospital, o menino segue internado e, após o incidente, passou a ser acompanhado por um irmão mais velho, que agora responde como responsável legal temporário.
Um vídeo gravado por uma acompanhante presente no local mostra o momento em que a mãe é cercada por várias mulheres que a atacam com tapas, chutes e puxões de cabelo.
A vítima tenta se defender, negando as acusações de maus-tratos contra o filho, mas o grupo insiste nas agressões até que a segurança da unidade intervém e consegue conter a situação.
Após o tumulto, a mulher foi conduzida à delegacia junto de uma testemunha e submetida a exame de corpo de delito. Paralelamente, a criança foi encaminhada à Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) para verificar a existência de possíveis lesões.
O Conselho Tutelar também foi acionado para acompanhar o caso e avaliar a condição familiar e a segurança do menor. O hospital Sopai declarou que está prestando todo o suporte necessário à criança e colaborando com as investigações.
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O episódio levanta debates sobre julgamentos precipitados, a falta de preparo para lidar com situações sensíveis em ambientes hospitalares e a necessidade de promover ações educativas sobre o comportamento de crianças com autismo.
Em um contexto onde o cuidado e a empatia deveriam prevalecer, a violência expôs fragilidades institucionais e sociais que exigem atenção urgente.