Casos de violência doméstica contra crianças ainda são uma das formas mais silenciosas e alarmantes de violação de direitos no Brasil. Em muitos episódios, as agressões acontecem dentro do ambiente familiar, longe dos olhos da sociedade, e só vêm à tona por meio de denúncias ou registros fortuitos.
A fragilidade emocional dos agressores, somada à sobrecarga de responsabilidades e à ausência de apoio, costuma ser apontada como uma das causas por trás desses comportamentos, mas nunca deve servir como justificativa para a prática de abusos.
O registro das imagens desumanas teve como cenário o município de Criciúma, localizado na região Sul do estado de Santa Catarina, uma cena registrada e divulgada nas redes sociais gerou forte indignação e mobilização das autoridades.
Uma mulher foi flagrada agredindo sua filha de apenas três anos em um vídeo que ela mesma gravou. Nas imagens, a criança aparece sentada, chorando, enquanto a mãe, visivelmente transtornada, profere xingamentos e dá tapas em sua orelha.
A violência explícita provocou a reação imediata da Polícia Civil e do Conselho Tutelar. A partir da identificação do vídeo, as autoridades se dirigiram até a residência da mulher, que não estava no local. Posteriormente, ela foi encontrada na casa da avó materna e foi autuada.
Como o flagrante já havia expirado, a agressora responderá ao processo em liberdade. Em depoimento, alegou estar em desespero por não contar com o apoio do marido na criação dos filhos. Além da menina agredida, a mulher tem mais dois filhos.
Atualmente, a criança está sob os cuidados da avó paterna, e o Conselho Tutelar acompanha de perto a situação. Uma reunião foi realizada na delegacia para definir os próximos passos e garantir que a menina tenha acesso a um ambiente seguro e acolhedor.
O caso será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para avaliação e medidas adicionais. ATENÇÃO IMAGENS FORTES:
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A violência infantil, especialmente quando parte dos próprios cuidadores, exige resposta rápida e articulação entre os órgãos de proteção, para que situações traumáticas como essa não se repitam e a criança possa ter garantidos seus direitos fundamentais.