O cantor sertanejo Gusttavo Lima, que possui milões de fãs em todo o Brasil, causou polêmica ao fazer uma declaração considerada irresponsável durante um show. Em tom descontraído, ele afirmou que, caso fosse eleito presidente da República, criaria um benefício chamado “Bolsa Cachaça”, prometendo financiar bebidas alcoólicas para a população brasileira.
A declaração rapidamente ganhou repercussão e gerou críticas pela mensagem transmitida. Segundo o cantor, sua proposta incluiria distribuir cachaça para quem votasse nele, mencionando que cada cidadão teria acesso a uma quantidade generosa da bebida.
A fala, embora parecesse uma brincadeira, foi vista como problemática por especialistas em saúde pública e organizações que combatem o abuso do álcool. Isso porque vai contra iniciativas globais, como o Plano de Ação Global sobre o Álcool 2020-2030, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que busca reduzir o consumo excessivo de bebidas alcoólicas em prol da saúde pública.
Esse plano estabelece estratégias em nível global e nacional para minimizar os impactos negativos do álcool, promovendo a conscientização e o controle do uso abusivo. O consumo exagerado de álcool está associado a graves problemas de saúde, incluindo a ligação com o aumento do risco de câncer em diversos órgãos, como boca, garganta, fígado, laringe e pâncreas, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
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Além disso, o abuso de bebidas alcoólicas contribui para o surgimento de doenças crônicas e outros problemas sociais, tornando sua redução uma prioridade para políticas de saúde. A declaração de Gusttavo Lima levanta um alerta sobre a necessidade de tratar com seriedade temas que envolvem saúde pública.
Promover ideias que incentivem o consumo de álcool, mesmo em tom de brincadeira, pode enfraquecer esforços coletivos para conscientizar a população sobre os riscos associados e comprometer avanços na redução do impacto negativo do álcool na sociedade.