Imagens recentemente divulgadas reforçam a gravidade do acidente que vitimou o cantor e compositor Adalto Mello, de 39 anos, em uma das avenidas da cidade de São Vicente, que está localizada no litoral do estado de São Paulo.
O vídeo mostra o bancário Thiago Arruda Campos Rosa, de 32 anos, dirigindo em alta velocidade e subindo com o carro em um canteiro antes de atingir Adalto, que pilotava uma motocicleta.
O impacto, ocorrido em 29 de dezembro, foi fatal, e Thiago, que dirigia sob efeito de álcool, agora responde na Justiça por homicídio doloso com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.
(Adalto Mello deixou a mãe e o filho de 10 anos — Foto: Arquivo pessoal)
A defesa do acusado apresentou um laudo técnico que sugere que Thiago perdeu o controle do veículo em uma curva de difícil visualização e que não teria visto a vítima até instantes antes da colisão.
No entanto, a nova gravação contradiz essa versão ao mostrar que o descontrole do carro começou ainda em um trecho reto da via. Segundo Sabrina Dantas, assistente de acusação, o condutor já demonstrava desorientação e excesso de velocidade antes mesmo da curva citada pela defesa.
O teste do bafômetro feito no local apontou que Thiago tinha 0,82 mg/l de álcool no organismo, um índice mais de 20 vezes acima do permitido pela legislação.
Valores iguais ou superiores a 0,34 mg/l já configuram crime de trânsito, tornando o acusado passível de sanções penais, além das administrativas, como multa e suspensão da carteira de habilitação.
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Adalto Mello, além de músico, era formado em Educação Física e pai de um menino de 10 anos. Ele morava com a mãe, em Santos, e começou a se interessar por música ainda na infância, inspirado pelo pai.
Desde jovem, se apresentava em eventos e estabelecimentos, levando sua paixão pelo pagode ao público. O sonho de viver da música não era motivado por fama, mas pelo amor genuíno pela arte, conforme relatado por sua mãe, Carla Vanessa De Mello Almeida, que hoje luta por justiça em nome do filho.
A tragédia evidencia os riscos e consequências do consumo de álcool ao volante. Enquanto a defesa sustenta a tese de crime culposo, a acusação trabalha com elementos que demonstram a consciência do risco por parte do acusado.
O processo segue em andamento, e as novas provas visuais devem desempenhar papel fundamental na definição da responsabilidade penal de Thiago. Não há data definida para o julgamento.
