A tensão política envolvendo a família Bolsonaro ganhou novos contornos após declarações contundentes do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, em meio à crescente pressão judicial sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O parlamentar se manifestou de forma incisiva ao comentar a possibilidade de uma eventual prisão do pai, atualmente réu por tentativa de golpe de Estado e alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em entrevista concedida a um programa de viés ideológico alinhado à extrema direita, Eduardo Bolsonaro expressou preocupação com o avanço das investigações conduzidas pelo STF e pela Polícia Federal.
O parlamentar é investigado por supostamente tentar influenciar autoridades dos Estados Unidos a imporem sanções ao ministro Alexandre de Moraes, o que ampliou o cerco jurídico ao seu entorno.
Diante dessa conjuntura, ele passou a afirmar que a prisão do ex-presidente seria iminente, e reagiu com ameaças diretas a agentes federais que possam vir a cumprir uma eventual ordem de prisão.
A gravidade das declarações acende um alerta sobre os limites do discurso político e as possíveis consequências jurídicas de incitar retaliações contra instituições do Estado.
Eduardo Bolsonaro foi enfático ao dizer que promoveria medidas punitivas contra os policiais envolvidos na execução de uma prisão, o que pode ser interpretado como tentativa de intimidação das autoridades responsáveis pelo cumprimento da lei.
O cenário se insere em um contexto já carregado de tensões entre o Judiciário e figuras do bolsonarismo, agravado pela tramitação de inquéritos que investigam articulações antidemocráticas.
O avanço dessas investigações, bem como a resposta das instituições às declarações do deputado, deve influenciar diretamente o clima político e jurídico nos próximos meses.
ATENÇÃO | Bananinha AMEAÇA policiais federais que venham a cumprir a lei caso haja ordem de prisão contra algum bandido golpista pic.twitter.com/vicF1VeFVg
— Romulo Dias 🇧🇷 (@RomuloBDias) May 27, 2025
Enquanto os desdobramentos do caso se desenrolam, cresce a necessidade de equilíbrio e respeito às instituições democráticas. O uso de ameaças como forma de defesa política fragiliza o diálogo institucional e aumenta o risco de escalada nos conflitos entre poderes.
O caso segue sendo acompanhado de perto por setores da sociedade civil, juristas e observadores internacionais.