A floresta amazônica, conhecida por sua imensidão e mistérios, é também berço de inúmeras lendas que se entrelaçam com a vida dos povos tradicionais. As narrativas sobre entidades encantadas fazem parte da cultura oral da região e são passadas de geração em geração.
Entre essas figuras míticas, destaca-se a “Mãe da Mata”, considerada uma guardiã espiritual da floresta, capaz de influenciar aqueles que cruzam seus domínios com más intenções ou sem o devido respeito. O caso de Magnilson da Silva Araújo, um caçador de 34 anos, ganhou destaque por sua ligação direta com essa crença popular.
Após desaparecer por mais de cinquenta dias na mata entre Manacapuru e Novo Airão, no interior do Amazonas, ele reapareceu em estado de extrema fraqueza e com um relato que surpreendeu a família e chamou atenção de estudiosos da cultura amazônica.
Segundo ele, teria sido guiado por uma figura feminina que se apresentou como a “mãe da mata”, e acabou se perdendo ao segui-la, como se estivesse sob um encantamento.
A história, segundo especialistas em folclore local, não é incomum. A entidade descrita costuma surgir como uma mulher de traços indígenas, vestida com folhas secas, e pode assumir tanto um papel de protetora quanto de guerreira.
Acredita-se que ela atue para afastar da floresta pessoas com intenções negativas, e sua presença é respeitada por indígenas e ribeirinhos. Resgatado em uma área próxima ao local do desaparecimento, Magnilson foi acolhido por moradores e levado ao hospital após passar mal ao se alimentar.
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Durante o tempo em que esteve sumido, buscou uma figura feminina que dizia conduzi-lo, chegando a pensar em tirar a própria vida. Seu reencontro com a família, viabilizado por uma publicação nas redes sociais, reforçou a fé de muitos nas histórias ancestrais e despertou reflexões sobre os limites entre crença e sobrevivência em meio à selva.