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Vídeo: A beira da morte, jovem transplanda por 4 vezes foi ‘humilhada’ por 2 estudantes de medicina : ‘Essa menina acha que tem 7 vidas’

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A família da paciente afirmou que a jovem lutou bravamente por sua vida e deve tomar as medidas cabíveis.

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Um caso que envolve violação de privacidade e ética médica vem gerando indignação após a morte de Vitória Chaves da Silva, uma jovem de 26 anos que se destacou por ter sido submetida a três transplantes cardíacos, um feito inédito no Brasil.

Nove dias antes de falecer por insuficiência renal no Instituto do Coração (Incor) da USP, em São Paulo, ela foi exposta em um vídeo publicado no TikTok por duas estudantes de medicina.

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As imagens, já removidas da plataforma, revelam detalhes do histórico clínico da paciente sem sua autorização, ferindo gravemente os princípios de sigilo médico.

As autoras da publicação, identificadas como Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano, participavam de um curso de extensão de curta duração no Incor.

No vídeo, elas comentam sobre o caso clínico de uma paciente que passou por três transplantes de coração, citando datas e fases da vida coincidentes com a trajetória de Vitória, o que permitiu que amigos a identificassem.

A repercussão levou a família a registrar um boletim de ocorrência e acionar o Ministério Público, além de denunciar o caso ao próprio hospital. Embora as estudantes não fossem alunas da USP, a universidade e o Incor afirmaram repudiar a exposição indevida e iniciaram apurações internas.

As instituições também notificaram as universidades de origem das estudantes para que medidas cabíveis sejam tomadas. A USP, por sua vez, reforçará a orientação sobre condutas éticas em cursos de extensão.

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Além da violação de privacidade, o conteúdo do vídeo trouxe acusações sem fundamento, atribuindo a Vitória negligência no uso de medicamentos, o que teria causado a falha dos órgãos transplantados.

A família contesta essas afirmações com veemência. A mãe de Vitória, Cláudia Chaves, afirmou que a jovem sempre seguiu rigorosamente o tratamento médico e lutou com determinação pela vida, buscando apoio até mesmo em órgãos públicos para garantir acesso a remédios e transporte.

Vitória sonhava em se tornar médica, motivada pela própria experiência com o sistema de saúde. Mesmo debilitada, ela prestou o Enem em 2019 com o objetivo de cursar medicina.

Sua história, marcada por força e esperança, contrasta com o desrespeito demonstrado pelas estudantes, cuja atitude gerou milhares de comentários negativos dirigidos à paciente.

A família agora exige uma retratação pública das autoras do vídeo, defendendo a memória e dignidade de Vitória. O caso reabre debates sobre ética no ambiente hospitalar e a responsabilidade dos profissionais e estudantes da saúde no uso das redes sociais.

Justiça e reparação são os desejos de uma mãe que viu a luta da filha ser reduzida a comentários levianos. A falta de consideração pela paciente e o repasse de informações falsas é inaceitável,

Sobre o Autor

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.