Uma tragédia rodoviária envolvendo três veículos resultou na morte de 38 pessoas na madrugada deste sábado (21), no quilômetro 285 da BR-116, no distrito de Lajinha, em Teófilo Otoni, Minas Gerais.
Considerado um dos acidentes mais graves já registrados em rodovias federais desde 2007, quando a série histórica passou a ser compilada, o episódio relembra a vulnerabilidade das estradas brasileiras a eventos catastróficos. Acidentes dessa magnitude evidenciam o impacto de falhas mecânicas e logísticas no transporte rodoviário.
O desastre ocorreu por volta das 3h30 e envolveu um ônibus de turismo, uma carreta transportando um bloco de granito e um carro. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a colisão deu início a um incêndio que consumiu parte dos veículos.
Testemunhas que passavam pelo local registraram as chamas, e os relatos indicam cenas de desespero, com passageiros tentando escapar do fogo.
Treze pessoas foram socorridas e encaminhadas para hospitais e unidades de pronto atendimento em Teófilo Otoni, enquanto os ocupantes do carro, gravemente feridos, também receberam atendimento.
Investigações preliminares apontam duas possíveis causas para o acidente. De um lado, há a hipótese de que o pneu do ônibus tenha estourado, provocando a perda de controle do veículo e a subsequente colisão com a carreta.
Por outro lado, vestígios no local sugerem que o bloco de granito transportado pela carreta pode ter se desprendido, atingindo o ônibus em sentido oposto e desencadeando o incêndio fatal. Das vítimas fatais, 25 corpos foram encontrados carbonizados, refletindo a gravidade do impacto e das chamas.
O ônibus, pertencente à empresa EMTRAM, partiu de São Paulo na manhã da sexta-feira (20) com destino a Vitória da Conquista, na Bahia, percorrendo um trajeto de aproximadamente 1.500 quilômetros.
A tragédia ainda está sob investigação, mas já figura como um dos eventos mais devastadores em rodovias federais, evidenciando a necessidade de maior fiscalização e cuidados preventivos no transporte de cargas e passageiros.