Poucas coisas revoltam tanto a população quanto a corrupção de agentes públicos, especialmente quando eles abusam do poder para extorquir cidadãos.
Quando um servidor público, em vez de proteger e fiscalizar com imparcialidade, utiliza sua posição para exigir subornos e prejudicar aqueles que não cedem, a sensação de impunidade e injustiça toma conta da sociedade.
Foi exatamente isso que aconteceu no Pará, onde um agente do Detran foi flagrado batendo propositalmente uma viatura contra o carro de uma motorista que se recusou a pagar R$ 400 de propina. O caso ocorreu na BR-316, em Ananindeua, e foi registrado em vídeos gravados por testemunhas e pela própria vítima.
As imagens mostram o agente de trânsito acelerando a viatura para colidir diversas vezes contra o carro da motorista, que, abalada, saiu do veículo em desespero. Segundo a mulher, a abordagem começou quando os agentes identificaram que o licenciamento do carro estava vencido.
Em vez de seguir os trâmites legais, eles pediram dinheiro para liberar o veículo. Diante da recusa da motorista, o agente utilizou a viatura para persegui-la e, ao chegar em uma rua mais estreita, fechou seu carro e começou as colisões deliberadas. O vídeo vem gerando uma grande onda de revolta:
Agente do Detran foi afastado após bater com viatura no carro de uma motorista durante fiscalização em Ananindeua, no PA.
Vídeo viralizou; caso está sob investigação. Governador reforçou: "Não há espaço para condutas abusivas no nosso governo." #Detran #Ananindeua pic.twitter.com/PCeCAE3KAx
— Portal do Tapajós (@portaldotapajos) March 10, 2025
O para-choque do veículo da vítima chegou a cair com os impactos. A motorista, sem crédito no celular para pedir ajuda e sem outra alternativa de transporte, ficou sem saber o que fazer. O Detran do Pará informou que o agente foi afastado e que a corregedoria já iniciou uma investigação sobre o caso.
No entanto, o departamento não se pronunciou sobre a segunda agente envolvida na abordagem. O episódio levanta um alerta sobre a necessidade de fiscalização rigorosa dentro dos próprios órgãos de trânsito para evitar que servidores corruptos manchem a imagem das instituições e prejudiquem a população.