O corpo do policial militar Everton Raniere Kirsch Junior, de 31 anos, está sendo velado nesta quinta-feira (24) no Cemitério Jardim da Memória, em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Everton foi uma das vítimas do trágico episódio de violência em que um homem manteve sua própria família em cárcere privado, tirando a vida do pai, do irmão e de outro policial, além de ferir oito pessoas.
Entre as vítimas feridas estão dois policiais militares, um guarda municipal e dois familiares do atirador, que ainda seguem hospitalizados. Everton, que integrava a Brigada Militar (BM) desde 2018, era conhecido por sua dedicação e era muito querido entre os colegas da corporação, segundo depoimentos de pessoas ouvidas pela RBS TV.
Recentemente, havia se tornado pai, deixando um filho de apenas 45 dias e sua esposa, o que intensifica a comoção em torno de sua perda. O episódio de violência começou na noite de terça-feira (22) e se estendeu por cerca de nove horas, envolvendo um cerco policial tenso em Novo Hamburgo.
O suspeito, que manteve os pais em cárcere privado, teria sido denunciado pelo próprio pai por maus-tratos. A polícia foi chamada ao local, e ao avistar os agentes na frente do imóvel, o homem iniciou os disparos.
Segundo o tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM), houve tentativas de diálogo com o atirador, inclusive por telefone, mas ele respondeu apenas com novos disparos, aumentando a tensão.
Durante o confronto, o homem atirou “de forma inesperada […] em todas as pessoas que se encontravam naquele local, na frente da residência”, conforme relatado pelo comandante Famoso. A situação terminou com a morte do atirador durante uma troca de tiros com os policiais.
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O caso gerou reações de pesar e solidariedade por parte de diversas autoridades, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que lamentaram a morte do soldado Everton e das demais vítimas.
O episódio reforça a tragédia das perdas sofridas, especialmente para a família e a comunidade de Novo Hamburgo, que agora se mobilizam para prestar as últimas homenagens a um policial lembrado por seu compromisso e dedicação.
