O trágico acidente que resultou na morte de Jussara Vitória Alves do Oliveira, uma turista de Santa Catarina, lançou luz sobre a segurança de atividades radicais como o bungee jump.
O incidente ocorreu durante uma excursão no Parque Ecológico de Campo Magro, próximo a Curitiba, e chocou os presentes pela gravidade das circunstâncias. Jussara, que estava receosa em realizar o salto, acabou sendo incentivada a pular pelo instrutor, conforme relatou uma testemunha em entrevista à RICtv.
“Só lembro na hora que ela estava na ponta e que fizemos a contagem para ela: 5, 4, 3, 2 e1, mas ela voltou. Acho que ela estava com mais medo do que todos. Os saltos das duas que estavam conosco foram iguais ao da Jussara. Elas estavam na ponta, fizemos a contagem, elas voltaram e em seguida foram empurradas”, revelou a testemunha.
Imagens gravadas pelo grupo que acompanhava Jussara revelam os momentos de tensão antes do salto. A turista subiu até a plataforma com outras quatro pessoas, mas ao contrário da primeira que saltou sem incidentes, o salto de Jussara foi marcado por uma falha técnica.
Segundo a testemunha, o instrutor teria negligenciado a remoção de uma corda auxiliar, conhecida como linha de vida, que normalmente serve para proteger durante a subida.
No entanto, com essa corda ainda presa ao corpo, o salto não ocorreu conforme planejado: em vez de realizar o movimento de pêndulo característico do bungee jump, Jussara foi lançada diretamente contra o paredão.
A falha no procedimento de segurança levantou questionamentos sobre a responsabilidade e preparo dos profissionais que conduzem essas atividades. As investigações, conduzidas pelas autoridades locais, buscam determinar se houve negligência ou falha operacional que contribuíram para o desfecho fatal.
“Teve falha humana. Temos vídeos e fotos mostrando. A guia de vida não foi solta”, ressaltou a testemunha. O parque e os responsáveis pela atividade ainda não emitiram declarações detalhadas sobre as medidas de segurança aplicadas no momento do acidente.
Esse episódio trágico ressalta a importância de rigorosos protocolos de segurança para garantir a proteção dos participantes em atividades de aventura. O caso de Jussara serve como um alerta tanto para os organizadores quanto para os praticantes, reforçando a necessidade de fiscalização e treinamento adequado para prevenir novas tragédias.