Nos últimos anos, os Estados Unidos têm adotado uma postura cada vez mais rígida em relação à entrada de estrangeiros. O país que já foi símbolo de acolhimento e diversidade agora fecha suas portas com decretos que atingem diretamente cidadãos de diversas partes do mundo.
E essa política de restrição ganhou mais força com uma nova decisão polêmica do ex-presidente Donald Trump, que retomou com ainda mais rigor o bloqueio de entrada para viajantes de certos países africanos e asiáticos.
O decreto, que deve entrar em vigor a partir da próxima segunda, dia 9 de junho, atinge de forma total ou parcial cidadãos de 19 países, sendo 12 deles completamente banidos: Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen.
Outros sete países, incluindo Venezuela, Cuba e Laos, sofrerão restrições parciais, o que significa que algumas categorias de vistos, como os de turismo ou estudo, poderão ser negadas. A justificativa oficial da Casa Branca é a segurança nacional.
O governo argumenta que os países selecionados falham em critérios de verificação documental, cooperação internacional e controle de ameaças terroristas. Porém, entidades de direitos humanos reagem com preocupação.
Segundo a ONG Oxfam, o decreto atinge principalmente nações de maioria muçulmana ou com população não branca, o que levanta sérias acusações de preconceito e segregação institucional.
Especialistas destacam que esta nova medida de Trump é uma versão ampliada do “travel ban” de 2017, que causou caos nos aeroportos e foi contestado judicialmente. Agora, com mais preparo legal e apoio interno, o ex-presidente pode ter mais sucesso em sua execução, mesmo diante de críticas internacionais.
Para muitas famílias e indivíduos, o impacto é devastador: laços interrompidos, oportunidades canceladas e o sonho americano se tornando cada vez mais inalcançável. O mundo assiste, dividido entre a justificativa de segurança e a denúncia de exclusão.