A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos promete redefinir a dinâmica dos conflitos globais, especialmente no Oriente Médio. Em declarações recentes, Trump deixou claro que sua abordagem será marcada por uma retórica incendiária e por ações contundentes.
O republicano, que se autodenomina “o melhor amigo de Israel”, já avisou que um “inferno explodirá” caso os reféns israelenses em poder do Hamas não sejam libertados antes de 20 de janeiro, data em que assumirá a presidência.
Essa postura sinaliza um possível aumento das tensões em uma região já marcada por instabilidade e violência. Durante uma coletiva de imprensa em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, Trump não poupou palavras.
Ele destacou que não terá complacência com o Hamas e alertou sobre as consequências severas de manter os reféns. “Não será bom para o Hamas e, francamente, não será bom para ninguém. O inferno vai explodir. Isso é exatamente o que eu quis dizer”, declarou o presidente eleito, reiterando a urgência da libertação imediata dos reféns.
A ameaça não é nova. Em dezembro de 2024, Trump já havia usado sua rede social, a Truth Social, para alertar que os responsáveis pelos sequestros seriam atingidos “com mais força do que qualquer um foi atingido na longa História dos Estados Unidos”.
As declarações foram motivadas por eventos relacionados ao atentado terrorista de 7 de outubro de 2023, que resultou no sequestro de cidadãos israelenses. A retórica agressiva de Trump reflete sua promessa de colocar a segurança de Israel como prioridade, mas também levanta preocupações sobre as possíveis repercussões de sua política externa.
A ameaça de uma resposta devastadora pode escalar ainda mais os conflitos na região, colocando em risco civis e agravando crises humanitárias. A posse de Trump marca o início de uma nova era na diplomacia dos EUA, com uma abordagem que mescla ameaça e promessa de força.