Nos últimos anos, um número alarmante de jovens mulheres tem se envolvido, direta ou indiretamente, com facções criminosas. Muitas vezes, são atraídas pelo poder e dinheiro do tráfico, sem perceberem que esse caminho pode ter um fim trágico.
Execuções brutais, desaparecimentos e vinganças fazem parte dessa realidade cruel, onde uma simples escolha pode custar a vida. Esse foi o destino de Luana Bruines Gonçalves da Silva, de 23 anos, que foi traída por uma amiga e entregue para a morte.
O crime aconteceu na cidade de Sorriso, no Mato Grosso. De acordo com a Polícia Civil, Luana foi atraída para uma emboscada por uma adolescente de 16 anos, que era sua amiga. A jovem foi chamada até a casa da menor e, ao chegar, foi sequestrada e morta por asfixia.
A execução foi ordenada porque Luana havia comprado drogas de uma facção rival, algo que o grupo dominante na região não perdoou. O mais chocante é que a adolescente entregou a amiga em troca do perdão de uma dívida de R$ 2 mil com a facção criminosa.
Como se não bastasse a brutalidade do crime, o corpo de Luana foi enrolado em um lençol e deixado à beira de uma estrada. No entanto, para dificultar as investigações, o mandante do crime ordenou que os restos mortais fossem removidos e enterrados em uma área de mata.
Luana desapareceu no dia 27 de fevereiro, quando saiu de casa para buscar sua filha na escola. Seu corpo só foi encontrado em 3 de março, após a polícia seguir rastros na vegetação até uma cova improvisada. As investigações continuam, e a polícia já prendeu o mandante do crime e outro envolvido na execução.
O caso serve como um alerta sobre os riscos do envolvimento, mesmo que indireto, com o tráfico de drogas e facções criminosas. No mundo do crime, lealdades são frágeis e a traição pode ser fatal.