Um trágico acidente na BR-376 em Guaratuba, no litoral do Paraná, marcou a noite de ontem, envolvendo uma carreta-container que perdeu os freios e colidiu com uma van que transportava jovens atletas.
O impacto foi devastador, resultando em diversas vítimas e um cenário de grande comoção. O acidente trouxe à tona questões sobre segurança nas estradas, especialmente em trechos com características desafiadoras, como as curvas acentuadas presentes na região.
A van transportava adolescentes do clube Remar para o Futuro, da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Eles retornavam para casa após uma participação vitoriosa no Campeonato Brasileiro de Remo, onde conquistaram sete medalhas.
Infelizmente, apenas um dos dez ocupantes da van sobreviveu, um jovem de 17 anos que foi resgatado e levado a um hospital em Joinville, Santa Catarina. As autoridades, incluindo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Corpo de Bombeiros, trabalham intensamente, até o momento cinco dos nove corpos foram retirados dos destroços, as identidades dos jovens ainda não foram divulgadas.
O caso gerou uma onda de solidariedade. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou suas condolências pelas redes sociais, destacando a dor irreparável de perder um filho ou neto.
Da mesma forma, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, lamentou profundamente a perda dos jovens atletas. Leite ressaltou sua ligação com o clube Remar para o Futuro, criado por ele durante sua gestão como prefeito de Pelotas, e informou que está em contato com a Secretaria de Segurança Pública para viabilizar o retorno dos corpos ao estado.
O local do acidente, caracterizado por curvas sinuosas e proximidade a uma ribanceira, representa um desafio para motoristas e contribuiu para a gravidade do incidente, conforme explicou o agente André Ribeiro, da PRF. Ele acompanha de perto os trabalhos de resgate na manhã desta segunda-feira (21), destacando as dificuldades operacionais no cenário do acidente.
“Estamos tendo bastante trabalho principalmente para retirar os veículos que estão fora de pista, porque não queríamos deteriorar ainda mais os corpos. A gente teve que içar com um guindaste para poder realizar o trabalho de resgate dos corpos”, ressaltou André Ribeiro.
A tragédia traz à tona reflexões sobre a segurança viária e a necessidade de melhorias em trechos críticos das rodovias brasileiras. Além disso, destaca a importância de ações de suporte às famílias das vítimas, que enfrentam um momento de dor profunda e a perda de jovens que representavam esperança e superação.
