A tragédia que assolou o bairro Redenção, na Zona Centro-Oeste de Manaus, deixou um rastro de dor e comoção entre familiares e vizinhos. O deslizamento de terra, provocado por fortes chuvas e agravado por vazamentos de ligações clandestinas de água, tirou a vida de Jeferson Araújo, de 30 anos, e de sua filha Ester Amorim, de apenas 8 anos.
Encontrados abraçados sob os escombros, pai e filha simbolizam o impacto devastador de um desastre que abalou não apenas uma família, mas uma comunidade inteira. Após quase 10 horas de buscas, equipes de resgate localizaram os corpos das vítimas, soterradas junto com outra residência. A maneira como foram encontrados comoveu socorristas.
A mãe de Ester, Jhuliana Amorim, sobreviveu, mas teve a perna direita amputada e segue internada em estado delicado. Mateus Amorim, irmão de Ester, também está hospitalizado.
Especialistas apontaram que o deslizamento foi provocado por infiltrações na encosta, resultado de uma ligação clandestina que havia sido denunciada por moradores há meses, sem que nenhuma providência fosse tomada.
A operação de resgate mobilizou 58 bombeiros, incluindo equipes especializadas em estruturas colapsadas e cães farejadores. Apesar dos esforços, a tragédia expôs a fragilidade das áreas de risco em Manaus, onde a ocupação irregular e a falta de infraestrutura agravam a vulnerabilidade das comunidades.
Segundo o prefeito em exercício, a Defesa Civil já havia identificado a área como de alto risco. No entanto, a infiltração causada pelo vazamento foi decisiva para o colapso. Ele prometeu investigar as responsabilidades e adotar medidas para evitar novas tragédias.
Este episódio doloroso serve como alerta para a necessidade urgente de políticas habitacionais seguras e fiscalização rigorosa. Enquanto isso, a dor da perda ecoa na comunidade, que tenta encontrar forças para superar um desastre que jamais será esquecido.