Um trágico naufrágio ocorrido próximo à capital da Mauritânia, Nouakchott, resultou na morte de quinze pessoas e no desaparecimento de mais de 150 imigrantes desparecidos. O incidente, envolvendo um barco que transportava 300 passageiros, foi reportado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) nesta quarta-feira (24).
Este acidente expõe mais uma vez os perigos da rota migratória do Atlântico, frequentemente utilizada por migrantes africanos em direção às Ilhas Canárias, na tentativa de alcançar a Espanha.
Durante o verão, essa rota se torna particularmente movimentada e perigosa. A OIM informou que a guarda costeira da Mauritânia conseguiu resgatar 120 pessoas, das quais 10 foram encaminhadas para hospitais.
Os esforços de busca pelos desaparecidos continuam intensos. Os passageiros do barco eram provenientes da Gâmbia e já estavam no mar há sete dias antes do naufrágio.
Este detalhe sublinha a desesperadora jornada enfrentada pelos migrantes que buscam melhores condições de vida, muitas vezes arriscando tudo em embarcações precárias.
Ibba Sarr, um peixeiro que trabalha em um mercado à beira-mar em Nouakchott, relatou que ventos fortes nos últimos dois dias trouxeram os corpos mais próximos da costa.
Ele testemunhou cerca de 30 corpos sendo retirados da praia, evidenciando a magnitude do desastre. Essas cenas trágicas são um triste lembrete das condições arriscadas enfrentadas pelos migrantes ao longo dessa rota.
O naufrágio próximo a Nouakchott destaca a necessidade urgente de soluções para a crise migratória e de medidas de segurança mais eficazes para proteger aqueles que se aventuram nessas perigosas travessias.
A comunidade internacional deve trabalhar em conjunto para fornecer alternativas seguras e legais para a migração, além de reforçar a cooperação para o resgate e assistência humanitária. É crucial que se aumente a conscientização sobre os riscos dessas jornadas e se promova uma resposta humanitária robusta para prevenir futuras tragédias.