Não há telefonema mais devastador do que aquele que comunica a perda repentina de alguém amado. A notícia de uma morte trágica é como uma faca que corta o cotidiano de uma família, arrancando o chão e deixando apenas um silêncio ensurdecedor.
Quando essa perda ocorre de forma violenta, em um acidente de trânsito, a dor se multiplica e atinge também amigos, colegas de trabalho e toda uma comunidade. Foi esse o cenário vivido por quem conhecia Paulo da Cruz Cunha.
Na manhã da última quarta, dia 9 de abril, Paulo, que trabalhava como oficial de manutenção em uma empresa terceirizada prestadora de serviços ao Instituto Federal Catarinense (IFC), foi brutalmente atropelado na BR-280, em Araquari, no Norte de Santa Catarina.
A tragédia aconteceu em frente ao campus da instituição, por volta das 5h40, quando a vítima foi encontrada caída de bruços, com indícios claros de traumatismo cranioencefálico (TCE) e politraumatismo. Infelizmente, Paulo não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.
Além da vítima fatal, um motociclista de 43 anos também se envolveu na colisão e teve ferimentos consideráveis, incluindo dentes quebrados. Ele foi socorrido, consciente, mas desorientado, e encaminhado ao pronto atendimento da cidade.
A morte de Paulo causou forte comoção entre colegas e alunos do IFC. A instituição decretou luto oficial de três dias, cancelou as atividades no dia do acidente e convocou a comunidade para um ato de homenagem. A nota emitida pela direção do campus expressa solidariedade e dor diante da perda de um colaborador tão querido.
O sindicato SINASEFE Litoral também manifestou pesar, ressaltando a importância da segurança no trabalho e cobrando melhorias na infraestrutura da rodovia, considerada perigosa há tempos por quem frequenta o campus.
Paulo era muito mais que um funcionário, era um rosto conhecido, um amigo respeitado e um trabalhador dedicado. Agora, sua ausência se torna mais um retrato doloroso das vidas ceifadas em nossas rodovias.