Vitória Regina de Souza, adolescente de 17 anos, desapareceu na noite de quarta-feira enquanto retornava do trabalho em Cajamar, na Grande São Paulo. A jovem, que atuava como operadora de caixa em um restaurante de shopping, enviou mensagens preocupantes a uma amiga relatando sensação de ameaça durante seu trajeto habitual.
Por volta da meia-noite, enquanto aguardava o primeiro dos dois ônibus que precisava tomar, Vitória manifestou temor através de mensagens: “Tem uns meninos aqui do meu lado, tô com medo”. O percurso, que normalmente levava cerca de uma hora, iniciava-se no bairro Polvilho com destino à região de Ponunduva.
Câmeras de segurança confirmam a presença da jovem no ponto de ônibus, cercada pelos suspeitos mencionados nas mensagens. Após embarcar no primeiro veículo, ela tentou tranquilizar a amiga: “Amiga, tá de boa, nenhum desceu no mesmo ponto que eu, então tá de boaça”.
A situação voltou a ficar tensa quando Vitória pegou o segundo ônibus e posteriormente desceu no ponto final. Em áudios enviados posteriormente, ela relatou que um carro passou lentamente e seus ocupantes a chamaram de “vida”, aumentando sua apreensão enquanto caminhava para casa.
Uma testemunha relatou à família ter visto um veículo com quatro indivíduos seguindo a adolescente vagarosamente antes de acelerar repentinamente. As circunstâncias exatas do desaparecimento permanecem incertas, não havendo confirmação se Vitória foi levada à força ou não.
A situação causou profunda angústia nos familiares. Júlia, cunhada da jovem, fez um apelo público: “Não estamos mais aguentando essa aflição”. Normalmente, por retornar tarde da noite, Vitória costumava ser buscada pelo pai no ponto de ônibus, mas naquele dia específico o carro da família estava com problemas mecânicos.
Antes de perder contato, a adolescente também enviou mensagem ao atual namorado solicitando que a buscasse. Entretanto, ele só visualizou o pedido às quatro da manhã, quando Vitória já não respondia mais às tentativas de comunicação.
A família procurou um ex-namorado da jovem, com quem o relacionamento havia terminado recentemente devido a comportamentos agressivos. O contato foi breve e terminou com o bloqueio por parte do rapaz, levantando suspeitas sobre possível envolvimento.
Um boletim de ocorrência foi registrado e a Guarda Municipal mobilizou cães farejadores para auxiliar nas buscas. Os animais seguiram por uma estrada de terra até pararem em um ponto específico, que pode indicar o local onde Vitória foi abordada.
A angústia aumenta com o passar das horas sem informações concretas. “Não temos pistas, estamos sem forças. Queremos sair dessa estaca zero”, desabafa Júlia, enquanto as autoridades continuam as investigações e buscas pela adolescente desaparecida.
