Na última terça-feira (27/05), o MorumBis foi palco de uma cena lamentável durante partida entre São Paulo e Talleres, do futebol paraguaio, válida pela última rodada da fase de grupos da Copa Libertadores.
Ao fim da partida, jogadores do Talleres, e o próprio técnico do clube, se manifestaram sobre o caso. Segundo integrantes do clube paraguaio, Bobadilla teria cometido crime de xenofobia contra Navarro, lateral do Talleres.
O caso foi tão grave que Navarro começou a chorar dentro de campo e chegou a ameaçar deixar o campo. Segundo a imprensa brasileira apurou, Bobadilla teria chamado o jogador de “venezuelano morto de fome”.
Bobadilla é um atleta paraguaio que joga pelo São Paulo. O volante, de 24 anos, chegou ao São Paulo em 2023 com um contrato válido de 4 anos. Bobadilla jogava pelo Cerro Porteño, do Paraguai.
Horas depois da partida, após se reunir com o jogador, o Talleres emitiu um comunicado prestando apoio ao lateral Navarro. O clube lamentou o caso e reafirmou o crime de xenofobia.
“Nos solidarizamos profundamente com Miguel e com sua família neste momento. Como instituição, levantamos a voz contra qualquer forma de discriminação. Não há lugar para o ódio no futebol. O futebol é uma ferramenta de integração, respeito e união entre culturas“, escreveu.
🔵 Desde el Club Atlético Talleres queremos expresar nuestro más enérgico repudio al acto de xenofobia que sufrió nuestro jugador Miguel Navarro.
Nos solidarizamos profundamente con Miguel y con su familia en este momento. Como institución, levantamos la voz contra cualquier… pic.twitter.com/xIRHDhgeK3
— Club Atlético Talleres (@CATalleresdecba) May 28, 2025
Mesmo com toda a repercussão do caso, o São Paulo ainda não se manifestou. Espera-e que o clube emita um comunicado oficial em breve, se posicionando sobre a grave acusação contra o atleta de seu elenco.
O caso é emblemático e repercute internacionalmente, especialmente porque os clubes brasileiros são frequentemente alvo de racismo e xenofobia em jogos tanto pela Libertadores, quanto pela Copa Sul-Americana.
No começo da temporada, inclusive, houve pressão sobre a CBF para que os casos recebessem mais atenção e punições mais severas. O jogador do São Paulo, Bobadilla, ainda não se manifestou.