Os riscos em torno do uso de cigarros eletrônicos já são bastante conhecidos, mas alguns casos continuam chamando a atenção por expor a forma agressiva como esses dispositivos podem afetar o organismo.
O cigarro eletrônico, popularmente conhecido como “vape”, surgiu com a promessa de ser menos danoso ao organismo. Acontece que a prática mostrou justamente o contrário: o dispositivo é muitas vezes mais perigoso ao corpo.
No Brasil, o comércio do cigarro eletrônico é proibido. No entanto, não é necessário muito esforço para encontrar o produto a venda. Por isso, casos como o da estudante Isabella Troncao, de 15 anos, chamam a atenção.
A menor, natural de Las Vegas (Estados Unidos), viveu um verdadeiro drama depois de passar 18 meses fumando o “vape” diariamente. Isabella admitiu que começou a prática para chamar a atenção do namorado.
O que ela não imaginava era que o hábito lhe levaria a desenvolver uma infecção generalizada, grave ao ponto de colocar sua vida em risco. Os sintomas começaram com uma simples dor de garganta, mas logo evoluíram fazendo com que a família procurasse atendimento médico.
Isabella desenvolveu um tipo de sepse chamado síndrome de Lemierre. A bactéria da garganta se espalhou pelo corpo, através da veia jugular interna, e afetou principalmente os pulmões da adolescente.
Os médicos chegaram a drenar 1 litro de líquido do pulmão da adolescente. Para os médicos, o grave problema de saúde está ligado ao uso do cigarro eletrônico. Para a família, o susto ligou o alerta.
“Descobrimos que ela estava correndo um alto risco de vida e enfrentou uma dura batalha contra a doença, passando por internações hospitalares e medicamentos muito específicos para ajudar a combater a infecção”, disse a mãe da garota.
A família agora tem promovido uma espécie de “vaquinha” para custear os gastos hospitalares. Pelas redes sociais, a garota passou a contar sua história para incentivar jovens a não usar o cigarro eletrônico.